(actualizado) Memorial Benfica, Glórias

injustissado

apenas uma palavra                     espectaculo  adoro recordar ,aqui posso fazelo. :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb2: :bandeiraslb: :amigo:

ednilson

#301
António Carlos Carvalho Nogueira Leitão. Espinho. 22 de Julho de 1960. Meio-fundista.
Épocas no Benfica: 10 (81/91).



Correndo os 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, António Leitão tornou-se o primeiro atleta benfiquista a ganhar uma medalha olímpica. Foi terceiro na corrida da légua e recebido entusiasticamente juntamente com os outros dois medalhados olímpicos desse ano, Rosa Mota e Carlos Lopes. Foi, por esse feito, condecorado com a Medalha de Mérito Desportivo pelo governo.

 
 
Leitão viera para o Benfica três anos antes, depois de ter arrecadado, em 1979, uma medalha de bronze nos campeonatos europeus de juniores. Logo em 1982, classificou-se em 2º lugar no meeting de Florença (atrás do italiano Fontanela) e fez parte da equipa do Benfica, que se sagrou campeã regional e nacional. Nesse ano, correu a prova da légua em Roma, na Gala de Ouro, tendo obtido a medalha de bronze, com o 4º melhor tempo de sempre.

Em 1983, ganhou a prova dos 5000 metros na Taça dos Campeões Europeus com o tempo de 13.28,90, contribuindo para o 4º lugar alcançado pela equipa do Benfica, e repetiu o êxito no meeting de Estocolmo. Em Bruxelas, António Leitão bateu o recorde nacional dos 3000 metros com o tempo de 7.39,69.


António Leitão e Carlos Lopes.

Iniciou 1984 com um 2º lugar na corrida de S. Silvestre de Madrid e bateu o recorde de 3000 metros obstáculos; foi 4º classificado na prova dos Mundiais de Pista Coberta em que João Campos (Benfica) arrecadou a medalha de ouro. Ganhou então a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos, tendo ainda feito parte da equipa portuguesa que conquistou a medalha de bronze nos Mundiais de Corta-mato, disputados em Nova Iorque.


Jogos Olímpicos de Los Angeles, 1984. António Leitão comanda a corrida da légua.

Após a presença nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, debateu-se com uma série de problemas físicos que marcaram a parte final da sua carreira. Em 1986, ocupava o 6º lugar no ranking mundial dos 5000 metros. A sua última grande participação internacional foi nos Europeus de 1990. Retirou-se no ano seguinte, regressando à sua terra natal (Espinho), onde se estabeleceu com uma loja de artigos desportivos.

Bola7

mais um com uma medalha roubada á conta do doping...

ednilson

António José Parreira do Livramento. São Manços, Évora. 28 de Fevereiro de 1943-1999. Hoquista.
Épocas no Benfica: 14 (59/70 e 71/74). Títulos Jogador/Treinador: 3/2 (Campeonato do Mundo), 7/3 (Campeonatos da Europa) e 7 (Campeonato Nacional).
Outros clubes: Candy Monza (Itália), Banco Pinto & Sotto Mayor, Sporting, Amatori Lodi (Itália) e Hockey Novara (Itália). Como Treinador: Sporting, Hóquei Clube de Turquel, Porto e A.S. Bassano Hockey (Itália). Internacionalizações: 209 (425 golos).



Consideremos o hóquei em patins nas suas características básica: um jogo praticado por pessoas que se deslocam em cima de patins com rodas, cada uma delas segurando um pau encurvado na ponta, com o objectivo de, impelindo uma bola de pequenas dimensões, fazê-la entrar numa baliza onde o guarda-redes ocupa a sua posição agachado. É o menos natural (ou quase) de todos os desportos. Até parece que o objectivo que presidiu à sua criação é criar obstáculos à concretização do objectivo para que foi criado: a marcação de golos. E, no entanto, este jogo ganhou em Portugal uma extraordinária difusão, projectando os praticantes portugueses para o primeiro nível europeu e mundial, quando ainda nem sequer se sonhava com êxitos internacionais em outras modalidades.

Para a difusão da modalidade contribuíram praticantes de alto nível técnico, desde os pioneiros do Benfica até às grandes gerações de hoquistas: os Adriões, Cruzeiro, Perdigão, Mário Lopes, José Lisboa, Jesus Correia e Correia dos Santos. Uma plêiade de hoquistas moçambicanos (Adrião, Velasco e Bouçós) fez furor nos anos cinquenta; mas, nos anos sessenta e setenta, o grande ídolo da modalidade foi um alentejano de S. Manços, que foi internacional aos 17 anos, ganhou o seu primeiro titulo aos 18, e acumulou, durante duas décadas, uma galeria impressionante de distinções e troféus. Para muitos, António Livramento foi o maior hoquista de todos os tempos.



Livramento era um mago do sitck; mas era, acima de tudo, um artista do hóquei, limando, com o seu génio, as arestas de um jogo difícil. Parecia que nascera para patinar: deslocava-se sem esforço, a uma velocidade impressionante e com um domínio superior do meio, invertendo a direcção, travando sem esforço, desenhando elegantemente trajectórias vertiginosas. Nele, o stick não era um instrumento usado para bater a bola, mas uma espécie de extensão do braço, manejando-o com a destreza natural com que se mexem os dedos da mão. E até parecia que a baliza era enorme, tal a eficácia com que marcava golos. Era um malabarista e, por isso, a comparação com Pelé era inevitável. "Não será antes Pelé o Livramento do Futebol".

António Livramento começou por jogar futebol (a sua paixão na adolescência), no Venda Nova (perto de Benfica), na posição de avançado, sendo considerado um avançado de nível mediano, marcava apenas alguns golos. A certa altura, um treinador de Hóquei em Patins do Futebol Benfica, de nome Torcato Ferreira, achou que o "miúdo" teria muito jeito para jogar Hóquei em Patins, tendo-o convidado para aparecer no ringue do Fofo.  Recusa mas perante a insistência de Torcato decide experimentar, e a partir daí o futebol passa para segundo plano. Teve uma aprendizagem inicial dos 10 aos 15 anos, onde segundo o próprio, passava sem qualquer tipo de exagero, 8 horas com uns patins nos pés. Para surpresa do próprio, descobriu que era realmente bom, foi então que Torcato Ferreira o levou para o Benfica, numa operação algo complicada, tinha o génio 16 anos.


Campeões em 1973/74: Livramento, Rolo, Ramalhete e Pereira;
Garrancho, Casimiro, Virgílio e Jorge Vicente.


É em 1959 que o artista desponta verdadeiramente para o hóquei, a jogar Benfica é chamado pela primeira vez a uma selecção nacional, neste caso a selecção nacional de juniores, liderada por António Raio, estreia-se na competição auspiciosamente frente à selecção da casa - a Bélgica – onde marca 3 golos na vitória por 5-1. Vence o prémio de melhor jogador e melhor marcador do torneio e mais que isso, ganha o seu primeiro título, o campeonato da Europa de juniores. No ano seguinte vence o campeonato nacional já pelos seniores do Benfica, é então que surge a primeira convocatória para a selecção A portuguesa, para disputar o Campeonato da Europa de 1961.

No europeu marca 17 golos e forma com Fernando Adrião uma dupla imbatível no ataque, dupla essa que no ano seguinte volta a fazer estragos, no Mundial de Santiago do Chile. Neste Mundial, António Livramento faz frente à Argentina um dos golos mais conhecidos em todo o Mundo, estando atrás da sua baliza, parte até à baliza adversária passando por todos os argentinos e finaliza com o golo, levando o público ao total delírio, Livramento, emocionado, pede para sair. Foi o seu primeiro Mundial conquistado.


Uma das melhores formações de sempre do hóquei benfiquista:
Livramento, Jorge Vicente, Garrancho, Casimiro e Ramalhete.


Em 1963, torna-se pela segunda vez campeão europeu, e em 1965 repete o feito, marcando nesta competição 7, dos 17 golos marcados por Portugal à Bélgica. Em 1966 volta a vencer um campeonato nacional pelo Benfica, feito que volta a repetir em 1967 e 1968. Nestes mesmos anos torna-se campeão europeu pela 4ª vez consecutiva (67) e campeão do Mundo pela 2ª vez, no Porto (68), onde marca 42 golos em 9 jogos, quase metade dos da selecção das quinas (92). Por três vezes (Japão, Nova Zelândia e Suíça) marca 10 golos num só jogo. Em 1969 torna-se pela 5ª vez campeão nacional sénior pelo Benfica, as suas fantásticas exibições valeram-lhe a transferência para o Candy Monza de Itália (1970).

Esteve um ano em Itália, a sua não convocação para o Europeu de 1971 (que Portugal venceu) fez com que Livramento volta-se a Portugal, para jogar novamente no Benfica, onde conquistou mais dois campeonatos pelos encarnados (1972 e 1974), terminou aqui a sua ligação com o Benfica, tendo conquistado no total 7 campeonatos nacionais de seniores na sua longa passagem pelo clube da Luz. Na selecção nacional conquista o europeu de 1973 e o Mundial de Lisboa de 74.

A seguir ao Mundial de Lisboa ingressa no clube onde trabalhava como bancário, o Banco Pinto & Sotto Mayor, aí venceu o campeonato nacional da 2ª divisão num dos 2 anos que lá esteve. Ingressou depois no Sporting e posteriormente regressou a Itália, para actuar no Amatori Lodi e no Hockey Novara (78/79), mas mais uma vez não foi feliz, e regressa a Alvalade para fazer a sua última época dentro dos ringues (79/80).



Terminou assim a carreira dum jogador muito supersticioso - quando o jogo lhe corria bem, voltava a equipar-se da mesma maneira, repetindo os mesmos passos no jogo seguinte – e muito fumador – a ponto de nos estágios da selecção dividir o quarto com o massagista para não fumar. Em 21 anos de patins calçados ao mais alto nível, o artista fez mais de 1700 jogos e marcou cerca de 3500 golos! Sempre muito frontal, confessou um dia o porquê da sua gloriosa carreira: "Jogava contra o Sporting, Benfica ou selecção espanhola com a mesma alegria e com o mesmo empenho que contra o Estremoz, talvez resida nesse pormenor a grande parte do êxito da minha carreira".

Foi ainda treinador, continuando a acumular títulos nessa condição. Morreu no ano de 1999, provocando uma onda de comoção invulgar em relação a um antigo atleta. É inesquecível.

Elvis the Pelvis

Infelizmente não o vi jogar, mas segundo relatos do meu Pai(natural de Estremoz), o Livramento para além de um jogador excepcional, era uma pessoa 5 estrelas. Ficará para sempre na memória dos Portugueses em geral e dos Benfiquistas em particular, porque foi sem dúvida nenhuma, o melhor de todos os tempos!

Andrew86

O António Livramento, tem sido vergonhosamente utilizado como uma figura do sporting, quase como só tivesse jogado nos lagartos........pois não só jogou mais tempo no Benfica como ganhou mais titulos no SLB.


PS:é verdade que ele ainda é da familia do João Moutinho?

Bola7


AG

Que carreira notável: 21 anos de alta competição é verdadeiramente notável. :bow2:

Pedro Neto

#308
Portugal ter o melhor atleta de sempre a nível mundial, é obra. Eusébio e Livramento são mitos.

SevenStars


ednilson

Fernando Matos Fernandes. Luanda, Angola. 1921 -1991. Barreirista. Decatlonista.
Épocas no Benfica: 17 (39/56). Títulos: 52 (Campeonato Nacional, diversas especialidades).



Na inauguração do antigo Estádio da Luz, ele aparecia na primeira fila, ao lado do porta-estandarte, o pingue-ponguista Oliveira Ramos: era um dos mais antigos atletas em actividade e um dos mais medalhados de sempre, na história, então com meio século, do Sport Lisboa e Benfica.

Com 35 anos, Matos Fernandes era ainda um dos mais destacados praticantes de atletismo do Benfica: no ano seguinte conseguiria mesmo a sua melhor marca nos 110 metros barreiras.

E, no entanto, a história atlética de Matos Fernandes começou ao contrário: estreou-se em 1939, numa prova de corta-mato corrida num percurso de 3.000 metros. Ficou em terceiro, mas chegou à meta "mais morto que vivo"...

Nesse mesmo ano, porém, viria a ingressar no Benfica, disputando a sua primeira prova no velho campo das Amoreiras. Numa carreira onde acumulou recordes nacionais (12) em diversas especialidades, o seu primeiro recorde tem uma história curiosa. Não havia ninguém para os 83 metros barreiras (prova que antecedeu os 110m), o clube precisava de pontuar nessa prova, Matos Fernandes foi chamado, saltou mal mas correu bem: ganhou a prova e bateu o recorde da categoria.

Porque Matos Fernandes era um atleta multifacetado e eficaz; alguns consideraram-no mesmo o mais completo atleta português de todos os tempos. Barreirista emérito, foi 5 vezes campeão no salto em altura, correu 100 e 300 metros planos, fez salto com vara, praticou salto em comprimento. Em 1951, em Barcelona, bateu o recorde nacional dos 400 metros barreiras com o 3º melhor tempo europeu do ano: tinha 32 anos. Já depois disso, ainda tentou uma perninha no râguebi. Por isso, entre 1944 e 1956 dominou o decatlo, cujo recorde bateu por sete vezes, obtendo oito títulos nacionais em doze decatlos disputados.



Abandonou a prática em 1956, tendo acumulado 282 primeiros lugares em 321 provas disputadas. Ganhou 52 títulos de campeão de Portugal em diversas especialidades; foi atleta olímpico (Helsínquia, 1952) e internacional contra a Espanha, Bélgica e França.

Depois de se retirar, Matos Fernandes foi técnico do clube durante quinze anos. Águia de Prata, Sócio de Mérito e Medalha de Mérito Desportivo, em 1970 foi para Angola treinar o Sport Luanda e Benfica. Ocupou cargos de representação do continente africano no Comité Olímpico Internacional e na Federação Internacional de Atletismo (FIAA). Quando morreu, aos 70 anos, em 1991, era o sócio nº 909 do Sport Lisboa e Benfica, único clube cuja camisola envergou durante quase duas décadas.

Partes de um texto publicado no Novo Jornal em Luanda e retirado do Blog "Recordações da Casa Amarela" http://recordacoescasamarela.blogspot.com :

Recuando ao dealbar dos anos 40, vemos o Matos Fernandes como recordista português dos 110 barreiras, 400 barreiras, 400m planos, estafeta de 4x100m, 4x400, altura e no decatlo onde foi campeão por 8 vezes com 6458 pontos, uma marca impressionante para a época. Neste conjunto de disciplinas do atletismo convém salientar que entre 1940 e 1957, não havia quase espaço para a concorrência, pois o então jovem Matos Fernandes, ganhava quase tudo que havia para ganhar. Na disciplina de altura sucedeu no lugar de campeão a outro angolano, ainda vivo, o Guilherme Espírito Santo, que ainda correu e venceu, com Matos Fernandes, o campeonato português na estafeta de 4x100m no ano de 1942.

Já na segunda metade da sua extensa e brilhante carreira, Matos Fernandes participou em 1952 nos J. O. de Helsínquia, nos 400 m barreiras, onde se ficou pelas eliminatórias e ficou em 16º na final do decatlo, com uns modestos 5604 pontos, muito longe do seu recorde português. O decatlo é um conjunto de dez provas de várias disciplinas do atletismo, que exige um virtuosismo e um ecletismo só disponíveis a poucos eleitos.


Matos Fernandes, quarto a contar da esquerda.

Lembro com particular saudade as suas memórias sobre o atletismo "dos anos ontem", que para as pessoas hoje já são "dos anos antes de ontem", pois Matos Fernandes já nos deixou há vinte anos. Foi numa dessas conversas que ele me disse que tinha sido o fundador da "filarmónica benfícólica", que podia bem ser uma coisa do tipo claque organizada, com outros contornos também ligados ao filantropismo e ao apoio aos atletas de todas as modalidades do clube, ao nível da sua vida quotidiana, quando ainda vinha longe o profissionalismo.

SevenStars

Mais um ENORME e BRUTAL monstro das nossas modalidades!
:pray:

ednilson

Alberto Ló. Macau. 1925 -1975. Ténis de Mesa.
Épocas no Benfica: 5 (58/63). Títulos: 4 (Campeonato Individual de Lisboa), 4 (Campeonato Individual Nacional) e 5 (Campeonato Nacional de Equipas).
Internacionalizações: 40.



Em 1958, a imprensa noticiava a chegada a Portugal de um jogador macaísta de ténis de mesa, que integrara a selecção nacional nos Mundiais de Tóquio de 1956, mas que Lisboa nunca vira jogar. Aos 33 anos de idade, Alberto Ló fora contratado pelo Benfica para pôr ordem na modalidade, que entrara em lento declínio, depois de quase duas décadas de supremacia incontestada. No Benfica ainda jogava Oliveira Ramos, um dos atletas mais medalhados da história do clube; mas saíra Manuel Carvalho e José Louro só iria brilhar nos anos seguintes. Ló era campeão individual de Macau e trazia consigo 18 anos de prática da modalidade. Vinha para jogar e para treinar.

Em poucos meses, Alberto Ló tornou-se um dos atletas mais conhecidos do Benfica. O Benfica Ilustrado não passava uma edição sem dar noticia dos êxitos sucessivos do jogador macaísta: tecnicamente, era "de outra galáxia", rápido no contra-ataque, eficaz no corte, de reflexos apurados. Tornou-se imbatível e relançou o interesse pela modalidade, no Benfica e no país: nas escolas, os jovens praticantes que assaltavam as mesas no intervalo entre as aulas sonhavam em jogam como ele.

 
Trio Magnifico. Louro, Ló e Ramos. Campeão Nacional 1957/1958. 
 
Em seis anos, Alberto Ló transformou-se numa figura querida dos adeptos e num adversário temível. Foi campeão individual de Lisboa de 1959 a 1963, campeão nacional em 1958, 1959, 1960 e 1962 e membro da equipa do Benfica que, entre 1958 e 1963, ganhou cinco dos seis campeonatos nacionais em disputa. Ficou célebre uma final do campeonato regional de Lisboa, contra o Sporting. O Benfica perdia por 4-2 e cabia a Alberto Ló defrontar o melhor jogador sportinguista, António Osório. Ló ganhou facilmente o primeiro set, mas, durante o segundo, ressentiu-se de uma lesão antiga. Mesmo assim, aguentou as dores até ao final do jogo e o Benfica acabou por ganhar o título.


Trio Majestoso. Ramos, Carvalho e Ló. Taça de Portugal 1960/1961.


A fama de Alberto Ló tornou-se então quase lendária: representou Portugal por 40 vezes, defrontando 26 países. Em 1963, com 38 anos, pôs termo à sua carreira em Portugal: queria voltar para a família, que deixara em Macau. Recebeu uma Águia de Bronze pelos serviços prestados ao clube e, sabe-se lá como, acabou por participar num filme com Ava Gardner (55 Dias em Pequim), rodado em Espanha. Alberto Ló morreu aos 50 anos de idade, em 1975.

ednilson

João Queimado.1964. Râguebi.
Épocas no Benfica: 19 (78/97). Títulos: 3 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de Portugal) e 2 (Taça Ibérica).
Internacionalizações: 50.



Em quase duas décadas de prática constante da sua modalidade preferida, João Queimado tornou-se o mais internacional dos jogadores portugueses; para muitos, ele é o melhor jogador de râguebi que Portugal até hoje produziu.

Entrou no Benfica em 1978, com 14 anos, quando o seu pai, José Ferreira Queimado, era presidente do clube. Apesar da dedicação à modalidade, João Queimado não interrompeu os estudos, licenciando-se em gestão. Mas grande parte do seu tempo era consagrado ao desporto: como atleta federado, foi ainda praticante de hipismo e de ginástica.

Provavelmente, essa formação diversificada contribuiu para o altíssimo nível que atingiu como jogador de râguebi, onde ocupava a posição de médio de abertura.



É o melhor marcador de sempre do Benfica em jogos oficiais (mais de 3.200 pontos!) e também da selecção nacional, pela qual alinhou 50 vezes. Mas não só: foi duas vezes seleccionado pela FIRA (Federação Internacional de Râguebi Amador) para integrar selecções europeias de quinze e de Sevens.

Apesar dos altos e baixos da secção, João Queimado nunca deixou de praticar a modalidade no seu clube de sempre. Quando se retirou, aos 33 anos de idade, tinha ganho três campeonatos nacionais, três Taças de Portugal e duas Taças Ibéricas.

E, como a paixão não se extingue de um dia para o outro, é hoje o Presidente do Sport Lisboa e Benfica Rugby.

Elvis the Pelvis

Grande João, o melhor jogador de rugby que Portugal alguma vez viu.
Conheço-o pessoalmente porque o meu Pai trabalhou com o Ferreira Queimado, e é uma pessoa à maneira. Grande jogador e grande benfiquista!